Acesse o site oficial do Assim Vivemos 2005
Com esta segunda edição, o Festival Assim Vivemos e o Centro Cultural Banco do Brasil consolidam-se como espaço de reflexão sobre as questões relativas às pessoas portadoras de deficiência e sua inclusão na sociedade, como espaço de celebração da vida e das diferenças e como espaço de afirmação do audiovisual como instrumento fundamental para a circulação de idéias e emoções que ajudem a tornar a vida melhor para todos.
O grande número de inscrições recebidas e, entre estas, a grande quantidade de produções feitas diretamente para a TV, em diversos países, mostra o quanto essa discussão evoluiu nos últimos dois anos, em vários lugares do mundo, e o quanto ainda temos que trabalhar para que, no Brasil, possamos inserir tais questões de forma consistente, criativa e permanente nos meios de comunicação, pois, somente assim, conseguiremos quebrar preconceitos e encontrar novas formas de lidar com o problema da inclusão social das pessoas portadoras de deficiência.
Os 33 filmes que serão exibidos ao longo de duas semanas compõem um painel muito diversificado de temas e abordagens. Vão da intimidade à política, da poesia à polêmica. Vale notar o alto nível cinematográfico de todas as produções, o que nos levou a instituir uma premiação que será concedida por um júri oficial e outra pelo voto do público. É a nossa forma de reconhecer a excelência dos filmes e de estimular novas realizações.
Como um evento bienal, o Festival Assim Vivemos pretende servir à sociedade brasileira, à comunidade de pessoas portadoras de deficiência e à comunidade de realizadores audiovisuais como um canal de diálogo, tanto com o mundo quanto entre nós, brasileiros, unindo-se, assim, a tantas outras iniciativas que acontecem por todo o país com o objetivo de ajudar a construir uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais inclusiva.
FELIZ ANIVERSÁRIO TALIDOMIDA - HAPPY BIRTHDAY THALIDOMIDE
Pela ambiguidade com que é tratada a talidomida, num cinediário pungente que traça um passado trágico e se revela assustado com um possível futuro promissor
NASCIDO ANORMAL - BORN FREAK
Pelo extraordinário mergulho no interior da imagem pessoal de um ator deficiente, que problematiza a maneira como o espectador experimenta o olhar, entre o interessado e o exótico
AS CRIANÇAS ESTÃO BEM - THE KIDS ARE ALL RIGHT
Pela veemência com a qual o sensacionlismo televisivo é questionado em sua forma de associar deficiência a piedade
O OVO - THE EGG, ENCARANDO - NORTH FACE
E MITO URBANO - URBAN MYTH (Ficções da BBC)
Pela forma como a nova produção da BBC insere deficientes em ficções ágeis que, mesmo trazendo questões sobre deficiência, mostram seus personagens em momentos casuais, com ênfase nas relações humanas
DO LUTO À LUTA
Pela forma como traz para a realidade nacional o questionamento sobre deficiência, entre aceitação dos pais e inserção na sociedade
DO LUTO À LUTA
Gustavo Acioli
É cineasta, cantor e compositor. Apõs uma bem-sucedida carreira com os curtas-metragens de ficção em 35mm Cão guia (1999), Numa noite qualquer (2001), Nada a declarar (2003) e Mora na filosofia (2004), está finalizando seu primeiro longa-metragem, Incuráveis, e preparando o lançamento do seu primeiro CD solo, Eu, camelô de mim.
Lara Pozzobon
É doutora em Cinema e Literatura e produtora de cinema. Produziu os premiados curtas de ficção em 35mm Cão guia (1999), Numa noite qualquer (2001), Nada a declarar (2003) e Mora na filosofia (2004) e está finalizando seu primeiro longa-metragem, Incuráveis. É também curadora e co-produtora do 1º Festival de Curtas Brasileiros em Orlando (EUA).
Juliana Oliveira
É apresentadora do Programa Especial, na TVE, Rede Brasil. Formada em Publicidade pela UFF, atualmente cursa mestrado em Administração no Coppead/UFRJ e trabalha como consultora de comunicação.
Elisabeth Caetano Almeida
É formada em Comunicação Social, com especialização em Audiovisual. Atua no CVI-Rio desde 1991 como Coordenadora do Setor de Suporte entre Pares e desenvolve também o trabalho de Consciência Corporal e Dança com pessoas portadoras de deficiência.
Ruy Gardnier
É formado em Jornalismo, fundador e editor da revista eletrônica Contracampo. Foi curador e editor dos livros-catálogo das mostras Cinema Brasileiro Anos 90, 9 Questões (2001) e Júlio Bressane: Cinema Inocente (2002), realizadas no CCBB-RJ. É crítico de cinema e professor da Escola de Cinema Darcy Ribeiro.